A ARTRITE REUMATÓIDE é uma das doenças reumáticas mais comuns. É claro que você vai precisar de um reumatologista para fazer esse diagnóstico, mas tem alguns sinais e sintomas que nos levam a suspeitar desse diagnóstico. Ela é mais frequente em mulheres, dos 30 aos 70 anos, mas pode ocorrer a qualquer época, em indivíduos geneticamente predispostos, desde a infância ( começando como uma artrite idiopática juvenil) e até começar na terceira idade (artrite reumatóide do idoso), bem como pode ocorrer nos homens também.
A Artrite Reumatóide é uma doença reumática autoimune ( a gente produz anticorpos e outras proteínas que atacam as nossas articulações), crônica (que não pode ser curada, somente controlada - assim como hipertensão arterial e diabetes, por exemplo), que provoca INFLAMAÇÃO, principalmente das articulações (juntas) das mãos e dos punhos (mas podendo afetar outras como cotovelos, joelhos, tornozelos e pés). Se não tratada, essa inflamação pode levar a deformidades das articulações e, consequentemente, a algum grau de incapacidade funcional (perda do movimento da junta).
E o que é a inflamação da artrite reumatóide? Você pode perceber que as juntas dos punhos, do meio da mão (carpo e metacarpo) e dos dedos (interfalangeanas) vão ficar doloridas, quentes, inchadas e às vezes até vermelhas (é isso que é ARTRITE). Com isso, além da dor e do inchaço, as articulações das mãos ficam rígidas (você pode ter dificuldade de abrir e fechar os dedos), principalmente pela manhã ao acordar.
Além das articulações, com a artrite reumatóide é uma doença sistêmica (que pode afetar qualquer parte do corpo) é possível que ocorram também inflamações nos olhos, rins, pulmões e nervos.
Nesse momento, você deve procurar um reumatologista, que pode solicitar alguns exames, para auxiliar no diagnóstico, entre eles provas de atividade inflamatória (VHS e PCR) e autoanticorpos (fator reumatóide e anti-CCP). Exames de imagem podem ajudar, como radiografias, ultrassom e ressonância magnética.
O tratamento da artrite reumatóide evoluiu muito nos últimos 25 anos, com muitas opções de medicamentos disponíveis. Ainda usamos corticóides e anti-inflamatórios, principalmente na fase inicial, mas a base desse tratamento é o uso de medicamentos imunossupressores (como o metotrexato e a leflunomida). Contamos também com os imunobiológicos (medicamentos injetáveis), que têm tornado a possibilidade de remissão ( estado de doença controlada) uma realidade para cada vez mais pacientes, com cada vez menos sequelas articulares. O diagnóstico precoce e a adesão ao tratamento continuam sendo a chave para o controle do quadro.
A reabilitação também tem um papel fundamental no tratamento: fisioterapia, terapia ocupacional e exercícios físicos supervisionados também precisam estar presentes desde o início do tratamento.
Sentir dor nas juntas não é normal. Conte comigo se precisar.
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