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As 10 perguntas mais frequentes sobre LÚPUS:

O que é o LÚPUS? O lúpus é uma doença reumática (um tipo de reumatismo), autoimune (quando o sistema imunológico funciona mal e acaba atacando partes que pertencem ao nosso próprio corpo), inflamatória e crônica (pode ser controlada mas não completamente curada) que pode afetar a pele e as juntas, mas também órgãos internos (rins, coração, pulmões, coração, cérebro e nervos) e células sanguíneas (glóbulos vermelhos, brancos e plaquetas).


O que causa o Lúpus? O lúpus é o tipo de doença que chamamos de multifatorial, ou seja, é causado por uma série de fatores que atuam em conjunto para que os sintomas ocorram. É preciso que exista uma predisposição genética (uma combinação presente lá no DNA e que vai facilitar a ocorrência do lúpus). Em algum momento ao longo da vida, um outro fator, que chamamos de gatilho (pode ser exposição solar, infecção, estresse emocional, uma gravidez, por exemplo), vai dar o pontapé para o início dos sintomas. Sabemos também que há uma influência hormonal muito importante, uma vez que o lúpus é bem mais frequente nas mulheres que nos homens (algo em torno de 9:1) e durante os anos reprodutivos (entre a primeira menstruação e a menopausa), mas pode ocorrer em qualquer idade. Dado o pontapé inicial, uma sequência de eventos é desencadeada no sistema imune de forma que a produção de autoanticorpos (anticorpos que atacam o próprio corpo) aumenta. Esses autoanticorpos são como soldados que são convocados para uma guerra mas que não conseguem diferenciar o inimigo do companheiro de batalha, atacando-o. Esse ataque às estruturas do próprio corpo causa inflamação e, nessa guerra, as batalhas podem ocorrer em campos diferentes (pele, juntas, rins), ao mesmo tempo ou não. É esse processo inflamatório que causa os sintomas.


Existem tipos diferentes de Lúpus? Sim, há quadros restritos à pele (lúpus cutâneo), outros que além da pele e das juntas afetam outros órgãos ou células do sangue (lúpus eritematoso sistêmico), o lúpus que pode ocorrer transitoriamente no recém nascido de mãe lúpica pela transmissão dos auto anticorpos (lúpus neonatal) e o lúpus que pode ocorrer relacionado ao uso de alguns medicamentos (lúpus induzido por drogas).



As 10 perguntas mais frequentes sobre LÚPUS.
As 10 perguntas mais frequentes sobre LÚPUS:


Quais são os sintomas do Lúpus? Uma vez que o lúpus pode acometer várias partes do corpo (pele, juntas, sangue, órgãos internos), você pode imaginar que as combinações de sintomas podem ser as mais variadas possíveis. Os mais comuns são:

  • Sintomas gerais como fadiga, mal-estar, febre, perda de apetite e perda de peso;

  • Manchas vermelhas na pele, principalmente nas maçãs do rosto e em áreas expostas ao sol ( e que pioram com a exposição solar);

  • Queda de cabelos;

  • Aftas;

  • Dor e inchaço nas juntas, principalmente nas mãos;

  • Urina espumosa e inchaço nas pernas (quando acomete os rins);

  • Dor no peito e falta de ar (quando acomete as membranas que revestem o coração - pericário - e o pulmão - pleura)

  • Alterações do humor ou do comportamento e até convulsões (quando acomete o sistema nervoso central)

  • Anemia, hematomas, aumento do sangramento menstrual e sangramento gengival (quando afeta as células do sangue como glóbulos vermelhos e as plaquetas);

Mas repito: cada caso de lúpus é único. Alguns sintomas são mais frequentes que

os outros, bem como variam em combinações e ao longo dos anos.


Como é feito o diagnóstico do Lúpus? Geralmente um médico vai identificar o conjunto de sintomas suspeitos de lúpus e vai solicitar alguns exames para auxiliar no diagnóstico. Não há nenhum exame que sozinho confirme ou descarte o lúpus. Geralmente solicitamos o FAN (fator anti nuclear ou, mais corretamente, anticorpo anti nuclear). O FAN está presente na maioria dos pacientes com lúpus, mas pode ocorrer em até 15% da população saudável. Existem outros anticorpos mais específicos, como o anti-DNA e o anti-Sm, que também podem ser solicitados. Os exames gerais como hemograma, creatinina, urina I servem para ajudar tanto no diagnóstico como no acompanhamento. Exames de imagem podem ser necessários a depender dos sintomas apresentados.


Existe cura para o Lúpus? O lúpus ainda não pode ser curado, mas pode ser controlado com tratamento adequado. É importante salientar que, para doenças autoimunes como o lúpus, observamos a alternância de períodos de crise (doença em atividade) e de remissão (doença controlada). Hoje, com todas as possibilidades de diagnóstico precoce e tratamento que dispomos, a mortalidade por lúpus foi reduzida significativamente e a qualidade de vida das pessoas com lúpus também melhorou bastante..


Como é feito o tratamento do Lúpus? O tratamento é individualizado, de acordo com os sintomas, mas todo paciente que puder e tolerar deve ser tratado com a hidroxicloroquina. Esse medicamento mostrou-se muito eficaz em controlar os sintomas, reduzir o número de crises e prolongar a sobrevida dos pacientes, entre outros benefícios. Nos períodos de doença ativa é muito comum usarmos corticóides, como a prednisona, devido seu rápido início de ação e potente efeito antiinflamatório. Além desses podem ser necessários outros medicamentos imunossupressores (como metotrexato, azatioprina, micofenolato mofetil ou ciclofosfamida) ou imunobiológicos (como rituximabe ou belimumabe). Além dos medicamentos, o uso de filtro solar é fundamental. Recomenda-se também uma dieta que seja rica em cálcio e muita moderação no consumo de açúcares e gorduras, para evitar aumentos de glicemia e colesterol. E, como não poderia faltar, atividade física.


A mulher com lúpus pode ter filhos? Sim, hoje em dia podemos dizer que isso é possível, no entanto, é preciso planejamento. O ideal é tentar engravidar quando a doença estiver em remissão por pelo menos 6 meses, sem estar precisando usar medicamentos que possam causar problemas ao feto. De qualquer forma, é uma gestação que deve ser cercada de cuidados e muitas vezes é necessário acompanhamento com obstetra especialista em gestações de risco. Nem tudo são flores: existe um risco maior de abortamento, principalmente se a paciente tiver uma síndrome do anticorpo antifosfolípide associada, de parto prematuro e de bebês com baixo peso, bem como de hipertensão durante a gestação. Em alguns casos será necessário uso de anticoagulantes ou imunossupressores. É muito importante conversar com o reumatologista tanto sobre o desejo de ser mãe quanto sobre o uso de contraceptivos.


Meus filhos vão ter Lúpus também? Pessoas que têm familiares com lúpus têm maiores chances de desenvolver lúpus, mas isso não é obrigatório (lembre-se, genética não é sentença e são necessários outros fatores para uma pessoa desenvolver a doença). Existe uma outra situação, que chamamos de lúpus neonatal, em que o bebê pode apresentar transitoriamente sintomas de lúpus por ter recebido autoanticorpos da mãe.


Quem tem Lúpus têm maior risco de ter infecções? Sim, isso realmente pode acontecer, tanto em relação a infecções virais quanto a infecções bacterianas. Isso ocorre tanto devido às alterações imunológicas causadas pela doença como pelo uso contínuo de medicamentos corticóides e imunossupressores. As infecções podem levar a crises de exacerbação da doença. Por isso é importante que a pessoa com lúpus evite contato próximo com pessoas que sabidamente estejam com alguma infecção e que também mantenham suas vacinas em dias. Recomendamos as vacinas anti-pneumocócica e as vacinas anuais de influenza, vacinas contra COVID-19 seguindo esquema indicado para imunossuprimidos, no entanto é preciso evitar vacinas de vírus vivos ( como da febre amarela por exemplo). Antes de se vacinar, converse sempre com o seu reumatologista, para uma orientação individualizada..


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